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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O "Elo Perdido" de Charles Dawson durou 40 anos até que foi descoberta a Farsa



Encontrado o 'elo perdido' entre humanos e macacos"
Hoje existem fartas evidências -- tanto genéticas como fósseis -- de que a humanidade guarda forte parentesco com seus primos primatas, sobretudo com os chimpanzés. A história evolutiva que nos leva ao ancestral comum entre os dois ainda está longe de ser totalmente desvendada. Mas, no início do século 20, os cientistas pensaram estar muito mais perto dela.

A culpa foi de Charles Dawson, um colecionador que apresentou em 1912, numa reunião da Sociedade Geológica de Londres, dados sobre a descoberta de um fóssil em Piltdown, uma vila obscura da Inglaterra. O "homem de Piltdown" tinha alguns traços que lembravam muito a anatomia humana moderna, mas outros pareciam mais simiescos.

Por mais de 40 anos, esse "elo perdido" ficou como um grande mistério da ciência, que não se encaixava com mais nada que havia sido encontrado antes ou depois. Até 1953, quando a verdade foi revelada: era um crânio de humano moderno, misturado a uma mandíbula de orangotango. O responsável pela fraude nunca foi identificado, e suspeitos há para todos os gostos: entre eles, o próprio Dawson, Pierre Teilhard de Chardin e Arthur Conan Doyle (sim, o criador de Sherlock Holmes!) Mas o maior mistério é mesmo como essa tosqueira óbvia se passou por fóssil legítimo ao olhar dos especialistas por quatro décadas...

Fonte: G1 Abril/2008

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